A Confederação Brasileira de Empresas Juniores anunciou, nesta terça-feira (22), os resultados da edição 2019 do Ranking de Universidades Empreendedoras (RUE). Na classificação, das 123 instituições avaliadas, a Universidade Federal de Santa Maria figura na 9ª posição nacional e em 2º lugar no estado.
O RUE tem o objetivo de identificar práticas e iniciativas que incentivam o empreendedorismo nas Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras, auxiliando no desenvolvimento da sociedade, por meio de ações inovadoras. Para isso, avalia as instituições através de seis indicadores: cultura empreendedora, inovação, extensão, infraestrutura, internacionalização, capital financeiro.
Para Debora Bobsin, docente do curso de administração e responsável por acompanhar o processo de avaliação das Empresas Juniores na UFSM, esse resultado é muito positivo. “Na última edição estávamos em 12º lugar, agora estamos em 9º. A partir do ranking temos uma métrica que auxilia a compreender como a universidade está se construindo dentro do espaço do empreendedorismo”.
Organizado pelo Movimento Brasil Júnior, o ranking, que está na sua terceira edição, tem entre seus objetivos, indicar em que aspectos as instituições precisam evoluir e de que forma o Movimento Brasil Júnior pode contribuir nesse processo. “O ranking permite visualizarmos não só a nossa posição, mas o que podemos melhorar como instituição de ensino, comunidade acadêmica que desenvolve práticas voltadas para a sociedade e como fortalecimento das empresas juniores, entendendo que elas são uma ação de extensão, em que os alunos atuam nas comunidades locais, têm contato com a prática profissional e podem aplicar os conceitos que aprendem em sala de aula”, salienta Bobsin.
Bruna Silva Santos, acadêmica do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFSM, membro pós-júnior da Renove Jr. e Diretora de Expansão da Federação de Empresas Juniores do Estado do Rio Grande do Sul, destaca a importância do ranking por fomentar o empreendedorismo desde a graduação. “Ele traz luz para que tenhamos a vivência empresarial desde o início dos cursos, auxilia a entender como está o ambiente para que o empreendedorismo aconteça, se propício ou não, e quais as melhores formas de atuar nesses cenários”, explica.
Na UFSM são, atualmente, 26 ações desenvolvidas por empresas juniores, nos diferentes campi e áreas de atuação. No Brasil, são 940 empresas juniores, mais de 22 mil alunos envolvidos, cerca de 27 mil projetos desenvolvidos e um faturamento de cerca de 50 milhões de reais. “O movimento das empresas juniores no Brasil tem uma força muito grande e compreende cerca de 80% do movimento global de empresas juniores. O conselho mundial é formado por um representante dos Estados Unidos, Europa e Brasil, ou seja, é um movimento muito pujante nacionalmente”, finaliza Débora Bobsin.
Avaliação
Neste ano, foram avaliadas 123 universidades de todo o país, entre os meses de março a agosto. A análise foi realizada em duas etapas. A primeira envolveu o envio de informações referentes às ações e práticas desenvolvidas na instituição, bem como dados de infraestrutura, faturamento, disciplinas voltadas ao empreendedorismo, impacto tecnológico, existência de incubadoras, entre outros.
A segunda etapa foi através da participação da comunidade acadêmica que envolveu-se respondendo a um instrumento de coleta de dados, avaliando a própria intuição e as condições oferecidas para o desenvolvimento das ações empreendedoras.
Confira o vídeo da acadêmica Bruna Santos sobre o evento de lançamento do ranking.
Texto: Mariana Henriques / Assessoria de Comunicação do Gabinete do Reitor