Os cursos de graduação da UFSM precisarão, a partir de agosto de 2021, assegurar no mínimo 10% do total dos seus créditos curriculares para programas e projetos de extensão universitária. Com o intuito de esclarecer dúvidas com relação a esse assunto, será realizado nesta terça-feira (24), nos turnos da manhã e tarde, o Seminário de Inserção da Extensão nos Currículos. Além de docentes da UFSM, participarão como palestrantes professores das universidades federais do Rio Grande do Sul (UFRGS) e de Pelotas (UFPel), assim como da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Com início às 9h, o evento ocorre no Auditório Wilson Aita, localizado no anexo C do Centro de Tecnologia.
Desde 2012, existe no Brasil a Política Nacional de Extensão Universitária, que tem o objetivo principal de fortalecer a extensão universitária no país como processo acadêmico atuante na formação do estudante, na qualificação do professor e no intercâmbio com a sociedade. Para isto, uma das prerrogativas da política é que estudantes atuem, efetivamente, com ações de extensão dentro e fora do ambiente acadêmico.
Para tal, a UFSM aprovou em 2019, através da Pró-Reitoria de Extensão (PRE), uma nova política de extensão, inspirada na nacional. Além de regulamentar, fomentar e organizar a extensão universitária na instituição, essa política abre espaço para que as ações extensionistas sejam inseridas, de fato, nos currículos dos cursos de graduação.
Assim, criou-se a Resolução Nº 003/2019, que regulamenta a extensão nos cursos. Ela é amparada na Política Nacional (Resolução Nº 007/2018), que estabelece as Diretrizes Nacionais de Extensão, bem como na estratégia 12.7 do Plano Nacional de Educação, a qual assegura, no mínimo, 10% do total de créditos curriculares exigidos para a graduação em programas e projetos de extensão universitária, orientando sua ação, prioritariamente, para áreas de grande pertinência social.
Curricularização – É comum que, ao estar em uma graduação, o aluno busque por iniciativas e ações que permitam seu desenvolvimento intelectual e social. Por isso, a UFSM oferece, atualmente, 1.300 ações de extensão que permitem, ao estudante, aplicar tudo o que aprende em sala de aula na comunidade, no seu bairro, na escola ou até mesmo no posto de saúde.
Devido à importância que a extensão tem, a Resolução 003/2019 surgiu neste ano para regular sua inserção nos currículos dos cursos. Na prática, isso é sinônimo de contribuição na formação técnico-científica, pessoal e social do estudante.
“A ideia é formalizar, entendendo a extensão como um eixo importante na formação do nosso estudante. O que a gente vai fazer, a partir do momento em que se insira a extensão nos currículos, é que, na formação do nosso estudante, todos tenham que passar pela experiência da extensão. E o bacana disso é que a gente tem uma formação mais completa desses profissionais, que vão estar mais comprometidos com as demandas da sociedade, assim como a universidade vai estar mais próxima das comunidades, para poder ouvi-las e transformar suas prioridades em ações de extensão que venham a ser desenvolvidas”, explica o pró-reitor de Extensão, Flavi Ferreira Lisbôa Filho.
Caberá aos coordenadores de curso e Núcleos Docentes Estruturantes (NDEs) analisar e verificar como criar disciplinas extensionistas, para que, por exemplo, os alunos consigam ter, em seus currículos, as horas destinadas às ações de extensão. Ainda é importante ressaltar que a carga horária não será aumentada em razão desse acréscimo.
As inscrições no seminário (que será transmitido pelo Farol) terminaram, pois o seu número já atingiu a capacidade máxima do auditório. A organização do evento é uma parceria da PRE com as pró-reitorias de Graduação (Prograd), Pós-Graduação e Pesquisa (PRPGP) e Planejamento (Proplan). A programação está disponível aqui.
Com informações do Núcleo de Divulgação Institucional da PRE