O evento Brazilian Yield Gap Atlas, realizado em Catalão, Goiás, no dia 11 de agosto, reuniu integrantes das instituições que compõem o projeto Brazilian Yield Gap Atlas: a Universidade de Nebraska, de Lincoln (EUA), a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP, além de integrantes da Equipe FIeldCrops, representado a UFSM. Este projeto é a versão brasileira do Global Yield Gap Atlas (Gyga).
A segunda reunião do projeto brasileiro iniciou com a fala do professor Fábio Marin, coordenador da primeira reunião realizada no Brasil, e do professor da UFSM Alencar Junior Zanon, coordenador do projeto na região Sul do Brasil. Na sequência, o líder mundial do projeto Gyga, professor Patricio Grassini, da Universidade de Nebraska, apresentou a importância deste projeto para a segurança alimentar no mundo. Após, caracterizou com detalhes a metodologia Gyga, utilizada em todos os países do mundo que integram o projeto.
A segunda palestra, intitulada “Potential for sustainable intensification of rice in Southern Brazil”, foi apresentada pelo professor Alencar, o pesquisador da Embrapa Alexandre Heinemann e a estudante da UFSM Giovana Ribas, que mostraram os resultados para arroz de terras altas no Brasil. Na sequência, foram apresentados os resultados da soja e milho no Brasil, pelos integrantes da equipe FieldCrops da UFSM Bruna San Martin e Gean Richter, e da Esalq, Evandro Martins e Luis Antolin. Os experimentos estão sendo realizados em parceria com a Emater/RS-Ascar e com outras instituições parceiras.
A última apresentação foi realizada pelo professor Fábio Marin e alunos da Esalq e teve como foco a apresentação do projeto Brazilian Yield Gap Atlas Project para cana-de-açúcar. Ao final da reunião, foi feito um planejamento das próximas ações no projeto.
A Equipe FIeldCrops é multidisciplinar e multi-institucional, com foco na busca de soluções socialmente e ambientalmente sustentáveis que tragam aumento na renda do produtor de soja, arroz e milho, através de uma agricultura de sistemas para as futuras gerações no campo.
O projeto Gyga busca identificar lacunas de produtividade das culturas agrícolas e os fatores de manejo que estão causando as lacunas ao redor do mundo, pois o crescimento horizontal da produção de alimentos no mundo (por aumento de área cultivada) será cada vez menos viável e possível.
Assim, para aumentar a produção de alimentos visando atender ao aumento da população nas próximas gerações do planeta, a agricultura precisará ser intensificada na forma vertical, e isso só poderá ser feita de forma sustentável, através do uso racional de recursos.
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