O Núcleo de Fruticultura do Colégio Politécnico realizou o 21° Dia de Campo de Fruticultura e o 15º Treinamento de Produção de Morango nesta quarta-feira (29). A capacitação teve parceria da Emater/RS, apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e participação de empresas do ramo. A atividade contou com dois momentos: teoria pela manhã e prática à tarde.
Cerca de 150 participantes vindos de 30 municípios gaúchos foram recebidos no Auditório Flávio Miguel Schneider, no Centro de Ciências Rurais da UFSM. A palestra da manhã tratou dos efeitos da nutrição na produção de morangos; variedades e qualidade das mudas; manejo de pragas e doenças. O circuito de atividades práticas, no turno tarde, ocorreu no Núcleo de Fruticultura Irrigada do Politécnico.
O professor Diniz Fronza, um organizadores do dia de campo, explica que o objetivo é capacitar produtores para diminuir os custos, elevar a produtividade e a rentabilidade no cultivo do morango. Fronza acredita que um dos desafios é a formação do agricultor, porque a cultura exige conhecimento técnico e domínio de práticas específicas. “Aplicar técnicas de manejo adequadas à cultura possibilita a produção de frutos de qualidade, seguros não só para o consumidor, mas também para o meio ambiente e para quem produz”, explica o professor.
O agricultor João Carlos Staub veio de Santa Cruz do Sul para participar do dia de campo, pois pretende produzir morango. “A capacitação não poderia ter acontecido em melhor momento. Aprendi muito. Estou mais confiante para dar o pontapé inicial no cultivo”, comenta.
Nadir Soares Pozzebon cultiva morango em Vale Vêneto, distrito de São João do Polêsine, e desde o ano passado vende na Polifeira da UFSM. Ela começou a plantar por necessidade e hoje a venda da fruta é responsável por boa parte da renda familiar. O cultivo ocorre ao longo do ano, em cinco estufas, que produzem, em média, 50 quilos de morango cada. Sobre o dia de campo, Nadir diz que “sempre temos alguma coisa para aprender, melhorar o cultivo e entregar um produto melhor para o cliente”.
O diretor do Colégio Politécnico, professor Valmir Aita, explica que procura realizar esse tipo de atividade para que os alunos estejam em contato com o produtor e possam perceber os desafios que eles enfrentam no cotidiano. Segundo o diretor, a aliança entre teoria e prática é muito válida e proveitosa para ambas as partes porque há troca de saberes e experiências.
Texto e fotos: Bruna Eduarda Meinen Feil, acadêmica de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Edição: Maurício Dias