Na última quarta-feira (10), o Laboratório de Síntese e Caracterização de Nanomateriais (LSCNano) da UFSM – Campus Cachoeira do Sul teve a sua 2ª patente depositada junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).A patente de invenção é intitulada “Bloco de concreto celular nanoestruturado processo de obtenção de blocos de concreto celular nanoestruturado, uso de cinza de casca de arroz, uso de resíduo de ágata e uso de nanocompósito”, e está registrada sob o número BR 10 2019 0077250 4. Os inventores são o professor Jocenir Boita, coordenador do laboratório LSCNano, e as alunas de graduação Marcela Trojahn Nunes e Fabiele Schaefer Rodrigues.
A invenção descreve o uso do reaproveitamento de resíduos de cinza de casca de arroz e do pó de Ágata, junto a nanopartículas de óxido de ferro para a confecção de blocos de concreto celular nanoestruturado. Os blocos adquiridos não necessitam do uso de areia comercial em sua confecção, o que ajuda a evitar retirada descontrolada de areia nas encostas de rios.
Em termos técnicos, a resistência da compressão dos blocos nanoestruturados no 28º dia adquire valores de 3 a 4 vezes maior quando comparado ao mesmo material sem uso de nanoestruturas, o que também ocorre quando comparado a norma NBR 13438 – Blocos de concreto celular autoclavado (ABNT, 2013).
Segundo o Prof. Jocenir Boita, “outra vantagem frente a indústria de artefatos de cimento neste segmento, é que não há a necessidade de autoclavar, ou seja, um novo material que necessita de pouca energia para sua confecção, zero uso de areia convencional e ambientalmente amigável”, explica.
Texto: Unidade de Comunicação da UFSM-Cachoeira do Sul