O Grupo de Pesquisa em Arroz Irrigado da UFSM, juntamente com o Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga) e o governo do Estado do Rio Grande do Sul, promoveu na quinta-feira (24) o Dia de Campo 2019 Região Central no campus da UFSM de Santa Maria.
O evento abordou os manejos de arroz e de soja em terras baixas, com estações e oficinas técnicas realizadas durante todo o dia no Centro de Eventos e na área de várzea da Universidade.
O coordenador do evento, professor do CCR Enio Marchesan, relatou em entrevista a Roberto Montagner, da Rádio Universidade e UniFM, que o objetivo das entidades promotoras ao unificar o dia de campo, em vez de realizar cada uma o seu, foi racionalizar custos e ampliar as oportunidades de participação, tornando o evento mais consistente.
“O objetivo é trocar informações, transferir para a comunidade, para a sociedade, o que a gente tem produzido, experiências que temos tido, e ao mesmo tempo recolher dos produtores, de outras instituições, o que eles têm conseguido, a experiência, o jeito de fazer”, relatou, ressaltando que a Universidade tem a obrigação de transferir informação científica.
O professor observou que terras baixas, onde antigamente era cultivado apenas arroz, cada vez mais têm cedido espaço também para a soja, cultura que ajuda a viabilizar o cultivo do arroz, cujos custos estão elevados.
Assim, as diferentes estações do dia de campo abordaram questões de interesse de ambas as culturas. Foram destacadas, por exemplo, a resistência de plantas daninhas a herbicidas e a colheita de arroz no seco para, na sequência, fazer a semeadura de soja ou arroz sem ter que preparar a área. “Estamos trabalhando fortemente em identificar as oportunidades e as dificuldades de como fazer isso”, disse o professor.
Outra estação abordou a soja em várzea. Marchesan observou que, especialmente neste ano, pela anormalidade de chuvas ocorrida recentemente, com muitas áreas sendo perdidas, os produtores precisam redobrar a atenção nestas lavouras.
O professor afirmou que a área de várzea do campus de Santa Maria, onde ocorreu parte da programação, é motivo de orgulho para a UFSM. “Estes momentos são oportunidades de interagirmos com a comunidade, de sabermos o que devemos fazer mais e melhor, por isso são muito ricos para o nosso grupo e nossa Universidade”, afirmou Marchesan, destacando a importância da participação de alunos, da graduação ao doutorado, no trabalho no local, o que contribui também para o crescimento profissional.
Fotos: Ricardo Bonfanti