A professora do curso de Administração da UFSM, Vânia Costa, desenvolve, há quatro anos, um trabalho que busca mudar a vida das mulheres em condição de vulnerabilidade residentes na Vila Maringá, em Santa Maria. O projeto “Transformando vidas: geração de trabalho e renda para mulheres em situação de vulnerabilidade social” é coordenado por ela e conta com a ajuda de outros seis estudantes, entre bolsistas e voluntários.
Pessoas caracterizadas como vulneráveis são as que vivem com más condições de vida, seja por pobreza, por problemas familiares ou por saúde.
O projeto nasceu no segundo semestre de 2014 a partir do conhecimento de um grupo de mulheres que desenvolvia projetos junto às irmãs do Sagrado Coração de Maria.
“A ideia inicialmente era fazer um mapeamento de como era, como acontecia, com o que elas gostariam de trabalhar, identificar rapidamente demandas. Naquele primeiro ano, e nos que se seguiram, a gente tem feito oficinas e artesanato, por exemplo, tapete de calças jeans, bolachinhas para Natal, panetones e docinhos. Atividades que elas possam aprimorar o artesanato para que, futuramente, possa vir a gerar renda”, conta Vânia.
As reuniões acontecem nas terças e quintas-feiras, na Vila Maringá, e são abertas à comunidade.
As mulheres
São mulheres que já moram na Vila Maringá e que não podem trabalhar porque não têm condições de pagar uma creche para os seus filhos ou que não têm com quem deixá-los. Boa parte delas possui muitos filhos.
“Ali elas encontraram, de duas a três tardes por semana, a oportunidade de estar levando os filhos, inclusive, e fazer algo que as permita trocar ideias entre si”, complementa a professora desenvolvedora do projeto.
Grupo de pesquisa
Existe ainda um grupo de pesquisa, chamado “Trabalho, organização e pessoas”, que trabalha com o projeto. É um grupo da pós-graduação, coordenado por Vânia. Conta, atualmente, com 15 integrantes, entre estudantes do mestrado, do doutorado e de iniciação científica. Os estudantes de doutorado e mestrado participam do projeto, já os voluntários podem optar.
Texto: Juan Grings, acadêmico de jornalismo, bolsista do Núcleo de Comunicação Institucional (NCI/CCSH)