A UFSM realizou no mês de outubro, por meio do Departamento de Educação Especial do Centro de Educação, o Curso de Braille para Iniciantes. É a primeira vez que a Universidade oferece, de forma institucional, curso de Braille. Em 2009, o aluno Rodrigo Gonçalves, primeiro aluno cego a se formar na UFSM, ministrara um curso semelhante, sob orientação da professora Luciana Ferrari Montemezzo.
As aulas contaram com práticas de leitura e escrita com tinta. Foram ofertadas quatro turmas, que tiveram a participação de 40 pessoas, das mais diversas áreas, como por exemplo professores da educação básica, de educação especial da rede pública e privada de Santa Maria, estudantes dos cursos de Educação Especial, acadêmicos de pós-graduação do Centro de Ciências Rurais e do Centro de Educação, servidores do Instituto Federal Farroupilha, profissionais de Relações Públicas e Terapia Ocupacional.
A coordenação do projeto é da professora Josefa Lídia Costa Pereira, do Departamento de Educação Especial. O curso tem a colaboração da bolsista Lísias de Freitas Ribas da Rocha e de alguns integrantes do projeto, como Fernanda Tascheto, Cristian Sehnem, Ana Paula Machado e Mara Paiva.
Segundo a professora Josefa, o sistema Braille pode ser produzido manualmente ou computadorizado, dependendo dos recursos existentes em cada instituição. Os professores podem utilizá-lo na educação dos alunos cegos ou com baixa visão incluídos nas escolas e/ou instituições especializadas; nos diferentes espaços da sociedade, como bancos, shoppings, elevadores; em caixinhas de medicação; embalagens de alimentos; identificação de locais (portas) ou espaços de diferentes instituições, dentre outras necessidades.
A perspectiva de oferta do curso de Braille no ano de 2019 dependerá das demandas da sociedade, principalmente das escolas públicas.
Curso despertou o interesse dos participantes
O interesse em participar do curso pode ser o mais diverso. Para Cintia Pasa Lopes, estudante de Educação Especial e bolsista no Núcleo de Acessibilidade da UFSM, o interesse surgiu porque ela tem um colega com deficiência visual.
Para Stefane Borba, formada em Pedagogia e atualmente estudante de Educação Especial, a motivação foi a curiosidade. “Quando abriu o curso me inscrevi por ter essa curiosidade e por interesse em aprender em como trabalhar a escrita em Braille”, disse.
Já para Graziele Goldani Naidon, formada em Terapia Ocupacional, o interesse surgiu para conhecer mais sobre a área. “Quando eu descobri o curso me interessei em fazer, porque eu tenho uma aluna com deficiência visual. Então, decidi fazer o curso para, quem sabe, conhecer um pouco mais e poder levar para ela depois”, afirmou.
Texto e fotos: Laura Coelho de Almeida, acadêmica de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias
Edição: Ricardo Bonfanti