A Universidade Federal de Santa Maria campus Frederico Westphalen comemora 12 anos nesta terça (16). Nesses pouco mais de 10 de história, foram inúmeras batalhas por recursos financeiros e capital humano para que a extensão da UFSM na Região Noroeste do Rio Grande do Sul pudesse se tornar realidade.
Os primeiros profissionais enfrentaram o desafio de construir uma nova UFSM, distante da sede, e ainda sem estrutura física adequada. “Chegamos no dia 1° de outubro para conhecer o campus. Fomos recebidos pelo professor Lauro Luiz Chielle”. O campus, na época, estava em período de reforma e construção das áreas novas. “Tivemos o primeiro impacto: como vamos começar as aulas que estavam programadas para 16 de outubro se nem sala e quadro havia?”, conta o professor e atual diretor do campus da UFSM-FW, Arci Dirceu Wastowski.
O primeiro técnico-administrativo do campus, Cleomar Marcos Fabrizio, conta que, apesar da estrutura física da UFSM-FW ter sucedido a chegada da comunidade acadêmica, foi exatamente isso que uniu a todos pelo objetivo de construir o campus de Frederico. “Foi o que deu o sabor especial porque conseguimos montar uma instituição desde o seu início, tendo um monte de dificuldades diariamente, tanto alunos, quanto professores e técnicos”. Apesar dos contratempos, a união do grupo era muito forte. “Quando havia algum encontro da universidade tinha cara de ser um encontro de família”, relata Arci.
Após seis anos de existência, alguns contratempos tinham sido contornados. O campus já contava com dois prédios construídos e seis blocos de salas de professores. O desafio, então, era outro: solidificar a presença da UFSM-FW na comunidade frederiquense.
Por isso, desde então, a UFSM-FW se faz presente em atividades culturais da cidade como a Feira do Livro, Frederico em Luz, ExpoFred, entre outros. Além disso, campanhas institucionais de divulgação como o “Somos UFSM” e o “Seja UFSM-FW” foram desenvolvidas com o intuito de demonstrar para a comunidade do município e arredores os benefícios de se ter uma universidade pública, gratuita e de qualidade na região. “As pessoas tinham dúvidas sobre como ser aluno, sobre não precisar pagar mensalidade e sobre vestibular. E por isso nós precisávamos mostrar as oportunidades que a UFSM estava trazendo para a região”, afirma Sara Pazuch, programadora visual da UFSM-FW.
Natural de Carazinho, Djulia Schneider, aluna de Relações Públicas, conta que, em 2015, quando ingressou na UFSM-FW, encontrou um campus organizado. “Ouvimos histórias de como o campus era no início e é difícil imaginar que em pouco tempo, e com os recursos destinados ao ensino público federal, tenhamos a estrutura atual”, afirma Djulia.
Eduardo Benson Santos Barbosa saiu do Amapá para cursar Engenharia Florestal e lembra que lhe chamou a atenção na UFSM-FW “a qualidade do ensino e as portas que podem ser abertas através da UFSM”.
Atualmente, a UFSM-FW conta com 95 docentes, 50 técnicos e 970 alunos de graduação e pós-graduação. São seis cursos de graduação presencial, dois cursos de graduação a distância e dois programas de pós-graduação. “Sempre houve alguma dificuldade, mas mesmo assim conseguimos fazer um grande trabalho. A gente viu os cursos mais tarde se solidificarem e terem excelentes avaliações”, observa Cleomar Marcos Fabrizio.
Um sonho que começou em 2005 com o desejo de instalar uma universidade de ensino gratuito e de qualidade em Frederico Westphalen se vê hoje inserido em um panorama com outras metas e desafios. Um campus construído, cursos consistentes e pessoal qualificado em busca de transformar a realidade de Frederico Westphalen e região por meio do conhecimento e da educação.
Texto: Julia Cervo e Leonardo Datsch
Imagens: UFSM-FW em 2009 e UFSM-FW em 2017