A última atividade do 2ª edição do Fórum de Comunicação Pública da UFSM debateu o tema ‘Assessoria de Imprensa, visibilidade e interesse público’ e contou com a participação do professor Basílio Sartor, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A palestra ocorreu nesta quinta (11), no início da tarde, no auditório C do Centro de Tecnologia.
Durante sua explanação, o professor e jornalista ressaltou a relação entre as assessorias de imprensa, a necessidade de promover visibilidade, principalmente em relação ao assessorado, e o interesse público. De forma contextual, Basílio explicou o surgimento das assessorias, destacando a importância do setor em relação ao jornalismo. Segundo o professor, atualmente, o assessor não só representa uma fonte de informação que auxilia o jornalista, como também pauta as questões que serão transformadas em matérias e reportagens e, enfim, veiculadas pelos meios de comunicação.
Como professor da disciplina de Assessoria de Imprensa na UFRGS, Basílio chama atenção para a estrutura das agências de comunicação que oferecem serviços de assessoria de imprensa, e contam com grande equipe de profissionais. Em contraposição, as principais redações de jornais, revistas, emissoras de rádio e televisão, sites e portais sofrem enxugamento dos quadros funcionais. Os exemplos representam não só a pulverização no papel do jornalismo tradicional, como também alertam a importância da credibilidade.
Durante a fala de Basílio, também foram discutidos temas como fake news e instabilidade democrática. Para o professor, torna-se cada vez mais difícil produzir consenso entre as pessoas, tendo em vista que cada uma percebe a realidade de maneiras diferentes, influenciadas pelas informações que recebem. A partir da emergência das mídias sociais, o jornalismo perde o referencial de autoridade em relação a produção de informações, fato que permite a propagação intensa de notícias falsas e do fenômeno da ‘desinformação em massa’.
Dessa maneira, o atual ambiente comunicacional, exige do profissional que trabalha nas assessorias de imprensa compromisso com a verdade factual, com a apuração e a checagem. Basílio acredita que o assessor precisará utilizar ferramentas estratégicas, que permitam dar visibilidade ao seu assessorado, sem esquecer dos princípios éticos que norteiam a atividade profissional e resguardam o interesse público.
A última mesa de debate da 2ª edição do Fórum de Comunicação Pública contou com a mediação da professora Rejane de Oliveira Pozobon, do Departamento de Ciências da Comunicação.
Texto: Bárbara Marmor, acadêmica de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Edição: Maurício Dias