Uma programação especial organizada pelos professores do Centro de Artes e Lestras marcou o aniversário de 55 anos da unidade de ensino. A ação artística e cultural inspirada nas viradas culturais, proporcionou à comunidade acadêmica, 12 horas de atividades no Teatro Caixa Preta. De acordo com os organizadores, o principal objetivo da Maratona 55 foi promover a integração, o compartilhamento artístico e o diálogo criativo, como forma de valorizar, respeitar e promover a diversidade de saberes que são produzidos no CAL.
A programação contou com exposições de artes visuais e design, recitais de música, performances, oficinas de circo, videoinstalações e exibição de filmes. De acordo com Raquel Guerra, professora e uma das organizadoras da Maratona 55, a atividade é de extrema relevância, pois “a variedade e as múltiplas linguagens presentes nesta ação artística tem o objetivo de valorizar e sensibilizar a comunidade para o legado e patrimônio artístico e cultural que ano após ano, a UFSM produz no CAL e que se expande fora daqui”.
No lado de fora do CAL foram colocadas as esculturas da série (Des)Brotamentos, da artista plástica Catiuscia Dotto, egressa de Artes Visuais. “A ideia é também resgatar aqueles que já passaram pelo CAL, valorizando o aprendizado que um dia eles tiveram aqui e que hoje servem de norte para suas carreiras”, ressalta Raquel.
Um dos pontos altos da programação foi o painel “Curadoria de eventos e gestão de espaço cultural”, que contou com a participação da agente de cultura do Sesc Santa Maria, Fabrícia Perini; da coordenadora de eventos da Pró-Reitoria de Extensão, Vera Viana; da relações públicas do Theatro Treze de Maio, Ana Lúcia Silva. Juntas, elas falaram sobre as diversas formas de produção cultural em torno das suas instituições e a importância de se valorizar o cenário local. “Acredito que o nosso papel enquanto organizadoras de espaços culturais é fomentar a formação de plateia. Realizar o evento, mas também incentivar o público a prestigiar estes espaços e isso ainda está em falta na nossa cidade”, afirma Fabrícia Perini.
O CAL teve origem na Faculdade de Belas Artes, em janeiro de 1963. Neste ano, comemora 55 anos de fundação e confirma a marca histórica de expansão e inserção na comunidade acadêmica e no contexto geral da sociedade. Atualmente, o CAL tem aproximadamente cem professores, 40 técnico-administrativos e mil estudantes em cursos de graduação e pós-graduação, organizados em torno de cinco áreas de conhecimento: Música, Artes Visuais, Artes Cênicas, Dança, Desenho Industrial e Letras.
Texto: Pablo Iglesias, acadêmico de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Foto: Maria Luísa Viana, acadêmica de Jornalismo da UFN e estagiária da Agência de Notícias
Edição: Maurício Dias