A UFSM teve dois cursos de pós-graduação aprovados na última semana pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes): o doutorado em Ciências Sociais, no campus sede, e o mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental, em Frederico Westphalen.
O doutorado em Ciências Sociais da UFSM será o primeiro de uma instituição pública da região Sul do Brasil. Segundo o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS), Everton Lazzaretti Picolotto, o doutorado visa formar pesquisadores capacitados a realizar investigações nas áreas de Antropologia, Sociologia e Ciência Política e coordenar projetos de relevância acadêmica e social. O perfil do egresso a ser formado é de pesquisadores e docentes, atuando tanto no ensino superior público e privado quanto no sistema estadual e municipal de educação básica. Os egressos do PPGCS também poderão atuar no âmbito do Estado, trabalhando junto a órgãos governamentais (Funai, Emater, Iphan, etc), sobretudo em áreas relacionadas à implementação de políticas públicas e instituições privadas de pesquisa, além de organizações não governamentais.
A intenção é que o curso seja iniciado em março de 2019. Para tanto, estão sendo feitos todos os esforços para o registro do curso na UFSM e para participar do edital de seleção de novos alunos do segundo semestre deste ano. Serão ofertadas 15 vagas para candidatos brasileiros ou estrangeiros residentes no país e duas vagas para seleção específica para estrangeiros não residentes no país.
“Para o PPGCS é uma grande alegria ter a aprovação do novo curso e ainda mais por ser o primeiro curso de doutorado em Ciências Sociais ofertado por uma instituição pública da região Sul do país. Nosso diferencial para outros cursos de doutorado disciplinares da área (como Sociologia, Antropologia e Ciência Política) é que somos um curso interdisciplinar nas Ciências Sociais. Nossas linhas e grupos de pesquisa são formados por professores de mais de uma dessas áreas e ofertamos disciplinas que abrangem as três áreas das Ciências Sociais, portanto, oferecemos uma formação diferenciada e com diversos olhares disciplinares na construção das pesquisas de dissertações e teses”, analisa Everton.
Novo mestrado em Frederico Westphalen
Já o campus de Frederico Westphalen foi contemplado com o mestrado acadêmico em Ciência e Tecnologia Ambiental. O coordenador da proposta, professor Genesio Mario da Rosa, conta que a caminhada até a aprovação iniciou ainda em 2015 e, após alterações e incorporações, a proposta encaminhada para a Capes em 2017 era sólida e consistente, e foi, então, aprovada.
Há previsão de oferta de 15 vagas para o primeiro semestre de 2019, para interessados que desenvolvam pesquisas relacionadas à temática ambiental. Genesio afirmou que a avaliação sobre os projetos e alunos a serem aceitos pelo programa precisa ser criteriosa, pois é necessário que se mantenha a qualidade dos outros programas de pós-graduação já existentes na instituição. “Implantaremos um mestrado de qualidade, pois essa conquista de agora é uma vitória para nosso campus”, salienta.
O diretor do campus, Arci Dirceu Wastowski, que também esteve à frente da proposta, acredita que um dos objetivos do mestrado é “dar espaço aos egressos de ampliar os seus conhecimentos na área ambiental, para dar sequência em seus estudos. Agora, os estudantes têm mais uma oportunidade de qualificação de alto nível aqui em Frederico Westphalen”. Em relação a isso, Genesio afirma que o mestrado traz também benefícios para a cidade e na região, já que “faremos pesquisas em nosso entorno, analisando os problemas e trazendo resultados e ações práticas que poderão ser aplicados”.
O corpo docente do programa é multidisciplinar, contando com 13 docentes das áreas de Agronomia, Geografia, Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia Ambiental, Ciências Biológicas e Química Industrial. Com esses docentes, a Capes mandaria 13 novas bolsas de mestrado, uma para cada orientador. “Abre-se campo de pesquisa para o país todo e traz recursos para Frederico Westphalen”, salienta Wastowski.
A UFSM-FW está inserida em uma região com forte atividade agrícola e pecuária, com destaque para a produção de suínos, de aves, além das culturas de trigo, milho e soja. Essas atividades criam intensa demanda de uso e de ocupação do solo e dos recursos hídricos, podendo gerar, por consequência, inúmeros impactos ambientais. Com isso, o mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental almeja capacitar os estudantes para criar novas metodologias e tecnologias para o desenvolvimento ambiental e econômico viáveis.
Com informações da Assessoria de Comunicação da UFSM-FW