Há dois anos, o INPE, através do Centro Regional Sul e em
parceria com a UFSM, através do Laboratório de Ciências Espaciais de Santa
Maria (Lacesm) colocava em órbita, o primeiro nanossatélite produzido no Rio
Grande do Sul, o NanoSatC-BR1. O artefato, que foi desenvolvido pela UFSM, em
parceria com o (Inpe), foi lançado em 19 de junho, na base espacial em Yasny,
na Rússia. É o primeiro nanossatélite universitário brasileiro da história em
operação no espaço, coletando dados científicos no espaço.
Para o coordenador do Programa NanosatC-BR, Nélson Schuch, o
desenvolvimento de um nanossatélite no Estado só foi possível com a parceria e
apoio disponibilizados pela Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento
Tecnológico (Scit).
O NanosatC-Br1 é um pequeno satélite científico (pouco mais
de um quilo) e o primeiro cubesat desenvolvido no país. Comporta um
magnetômetro e um detector de partículas
de precipitação para o monitoramento, em tempo real, do geoespaço, para o
estudo da precipitação de partículas e de distúrbios na magnetosfera sobre o
território nacional. Através dos dados obtidos do NanosatC-Br1
é possível estudar os efeitos da Anomalia Magnética no Atlântico
Sul e do setor brasileiro do eletrojato
equatorial. A anomalia magnética é uma “falha” do campo magnético terrestre que
fica sobre o Brasil e pode afetar as
comunicações, redes de distribuição de energia, os sinais de satélites de
posicionamento global (como o GPS), ou mesmo causar falhas de equipamentos
eletrônicos, como computadores de bordo.