No
cenário atual de globalização, ter domínio de outros idiomas pode fazer total
diferença no sucesso profissional.
Para além das consagradas línguas inglesa e espanhola, outras línguas de forte
influência global, como o mandarim, são boas opções para quem procura se
destacar profissionalmente.
Foi
pensando nisso que, neste semestre, o Centro de Ensino e Pesquisa de Línguas
Estrangeiras Instrumentais (Cepesli) da UFSM resolveu abrir vagas para uma
turma de interessados em aprender o idioma padrão da língua chinesa.
O
mandarim é falado por mais de um bilhão de pessoas no planeta e, apesar de sua
importância, no Brasil, poucas escolas de idiomas o oferecem como opção de
estudo. Isso se deve, em grande parte, à complexidade e ao estranhamento,
já que são cerca de 60 mil símbolos que representam palavras ou fonemas. Além
disso, as diversas pronúncias e entonações das palavras podem alterar todo o
sentido das sentenças.
Frente
às dificuldades de aprendizado, o Cespeli entrou em contato com Szu Hui Chen,
natural de Taiwan, residente
Santa Maria há dois anos. Para ministrar as aulas, que
ocorrem todas as sextas-feiras em um período de duas
Szu possui um certificado de capacitação internacional, obtido no país de
origem.
O material trazido por ela é composto por um livro didático e seu
método de ensino é voltado principalmente às conversações básicas, à identificação
e ao som dos ideogramas.
O
número de alunos da turma é reduzido para facilitar o andamento das aulas e
proporcionar uma maior atenção às dificuldades individuais.
A
acadêmica do 3° semestre de Relações Internacionais, Izadora Rodrigues,
admiradora da cultura oriental, pretende, no futuro, poder trabalhar na China.
A aluna destaca a importância da língua, mas não deixa de reconhecer sua
dificuldade. “Exige muito estudo, cerca de três horas por dia. A pronúncia é
difícil e o sistema de escrita e de organização e disposição do texto é bem
diferente do nosso. Apesar disso, vale muito a pena”, afirma.
O
curso tem duração de um semestre e, finalizado, o aluno já tem uma noção básica
do idioma. “É importante e de grande valia trazer essa oportunidade para mais
perto dos alunos. Vamos fazer o possível para que o curso se estenda para
outros semestres”, ressalta a coordenadora do Cepesli, Maria Tereza Nunes
Marchesan.
Tainara
Liesenfeld – acadêmica de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias