A primeira mostra
“Uma Aproximação à Ilustração Científica” começou na última sexta-feira (5) no
hall da reitoria, onde fica exposta até o dia 20 de dezembro. Nela estão
expostos 46 desenhos produzidos com várias técnicas, visando a representar a
rica avifauna presente no campus da UFSM em Santa Maria. A exposição
resulta de um trabalho informal de um grupo alunos de Artes Visuais que o professor
Leonardo Charréu foi reunindo nos últimos meses, atendendo à qualidade e
potencialidade da sua expressão gráfica figurativa.

As ilustrações
foram realizadas a partir de fotos (com destaque para aquelas presentes no
livro Avifauna no Campus), da observação direta das aves e de pesquisas
pessoais realizadas pelos estudantes. O professor Charréu já tinha interesse por
esta área, após ter ensinado ilustração em uma universidade portuguesa e
publicado trabalhos na área da arqueologia. Segundo ele, ao colocar-se o
desafio de desenhar aves os alunos ganham uma experiência que pode ser útil no
futuro como profissionais das artes visuais.

Os desenhos que
estão expostos no hall da reitoria foram produzidos por oito alunos e mais o
professor Charréu. Eles usaram técnicas mistas, destacando-se o uso de lápis
aquarelável e aquarela. Outras ilustrações foram feitas com caneta nanquim 0,05mm
e ainda com gravura em metal impresso em papel. Para a realização de todos os desenhos,
foi utilizado um tipo de papel específico para gravuras, o canson 250g.

“Conseguiríamos
ainda melhores resultados com materiais de expressão plástica de gama superior”,
afirma Charréu, ponderando que as ilustrações que estão no hall da reitoria
foram realizadas com lápis aquarelável da Faber Castell, da gama escolar para ensino
fundamental.

A exposição
foi organizada pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Ilustração Científica
(Nepic). Coordenado pelo professor Charréu, este é um grupo informal de estudos
e práticas visuais interdisciplinares, formado por estudantes da licenciatura e
bacharelado em Artes
Visuais e do Mestrado em Educação. O Nepic
encontra-se provisoriamente como parte integrante do Grupo de Estudos e
Pesquisas em Arte
Educação e Cultura (Gepaec).

O próximo
desafio, segundo o professor, será conseguir financiamento para avançar para a
pesquisa mais séria, comprar materiais, equipamentos e softwares adequados para
outras experiências.

“Confesso que
também tenho aprendido com os alunos, e o talento que alguns já evidenciam
dão-me a garantia que poderão chegar longe nesta área de que o Brasil está tão
necessitado pela rica biodiversidade que tem.” declarou Charréu.

Texto: Sabrina Cáceres, acadêmica de
Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias

Fotos: Rafael Happke