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Projeto desenvolvido na UFSM dá origem à campanha “Seja macho, dirija como mulher”



“Seja macho, dirija como mulher”. Uma campanha de conscientização sobre a violência no trânsito se baseia em dados oficiais para tratar do assunto sob uma ótica de gênero. Derivada de um projeto de pesquisa, esta atividade de extensão da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) procura alertar para o fato de que o número de homens vítimas de acidentes fatais é bem maior que o de mulheres. E na direção dos veículos acidentados também estão homens, em sua maioria.

Conforme o Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RS), em 2012, do total de 2.091 vítimas fatais, 466 foram mulheres e 1.623, homens. Neste ano, de janeiro até agosto, das 1.477 vítimas fatais em acidentes de trânsito, 324 eram mulheres e 1.152, homens.

“A relação violência no trânsito e gênero surgiu da simples leitura dos jornais de segundas-feiras. Comecei a observar que a maioria dos acidentes que envolvem morte tem um homem na condução do veículo. Desta observação foi fácil relacionar o dado bruto com o conceito de gênero, que diz respeito às relações sociais que aprendemos desde crianças em relação a como ser feminino e como ser masculino”, explica a professora coordenadora do projeto “Violência no trânsito: uma questão de gênero?”, Fátima Perurena.

A ideia é brincar com os estereótipos. Pelas concepções sociais de gênero, a mulher é vista como má condutora, e o homem, como um bom motorista. Porém, diante dos dados de mortes – a campanha é voltada apenas aos acidentes com vítimas fatais –, objetiva-se que os condutores passem a dirigir com mais cuidado e menos agressividade.

Do estudo, desenvolvido desde 2006 por professores e alunos do curso de Ciências Sociais da UFSM (atualmente participam também estudantes de Psicologia), partiu-se para a extensão. Estão previstas panfletagens na cidade e no campus, entrega de cartilhas informativas nos Centros de Formação de Condutores (CFCs) e divulgação em redes sociais e por meio de busdoors e outdoors. Uma campanha publicitária está sendo finalizada por alunos de Comunicação Social.

“Queremos que a população reflita a respeito do quanto relações de gênero estão na origem de muitos problemas enfrentados por todos, inclusive o trânsito”, diz Fátima. Segundo ela, a sociedade ainda incentiva os homens a serem agressivos, competitivos e violentos, e isso reflete na maneira como irão dirigir e se relacionar no trânsito. “Os homens não precisam dirigir em alta velocidade, não precisam ultrapassar, nem mesmo demonstrar a potência de seu automóvel para afirmarem sua masculinidade”, afirma a professora.

A campanha “Seja macho, dirija como mulher” é uma realização do projeto “Violência no trânsito: uma questão de gênero?”, com apoio da UFSM, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Prefeitura de Santa Maria.

Foto de capa: Ítalo Padilha. 

Matéria elaborada pela Assessoria de Imprensa – UFSM.

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