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Coletivo Voe dá visibilidade ao tema LGBT



 

Foi em 2010, proveniente de uma demanda do Congresso Estudantil da UFSM, que surgiu o Coletivo Voe. Até então, não havia um espaço de representação para a comunidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT) na UFSM. Assim, surge um coletivo que pretende dar visibilidade ao tema, promover debates e gerar empoderamento aos seus membros.

No mesmo ano, uma série de reuniões ocorreu para decidir quais seriam os ideais do Coletivo e o que defenderia, como por exemplo, o casamento igualitário. O nome "Voe" surgiu de uma dinâmica em grupo, com os primeiros alunos que se interessaram em fazer parte. Enquanto uma pessoa escrevia sentada no chão, os outros caminhavam por uma sala, com os olhos fechados, ao mesmo tempo em que traziam palavras relacionadas à questão LGBT. Assim, chegaram à palavra "voar", que trazia o sentido de liberdade e expansão.

No início de 2011, o Voe foi reestruturado, e aberto para além da UFSM. A partir disto, se torna um coletivo LGBT, e não mais um coletivo estudantil. Segundo Gabriela Quartiero, membro do Voe, trabalhar só no âmbito da universidade é restringir demais o assunto, pois há um contexto maior que contempla este segmento de pessoas. Ou seja, há uma busca por tirar o tema LGBT da invisibilidade, não somente na Universidade, mas também em Santa Maria.

Os membros do Coletivo Voe, atualmente em torno de 17 pessoas, reúnem-se ao final de semana, geralmente, aos domingos. As reuniões de formação são abertas a quem quiser participar, e feitas na sala do Diretório Central dos Estudantes (DCE), onde ocorrem debates de textos relacionados ao tema LGBT. 

Gabriela diz que sempre sentiu falta de um espaço para discutir esse tipo de questão, e onde pudesse encontrar pessoas que compartilhassem de seu pensamento. Acrescenta que, ao debater o assunto, cria-se uma maior segurança no próprio discurso, o que acrescenta conhecimento. Dessa maneira, é possível sair do senso comum, e defender as questões em que acredita. A partir dessa formação, da melhora no discurso e nos argumentos, há um auxílio para entender a própria sexualidade, e decidir que resposta é necessária e satisfatória para si, e não para o resto da sociedade. Para participar do Coletivo não é necessário esclarecer a orientação sexual: basta se identificar com a causa e as propostas, como esclarece Fernanda Alves, outra integrante.

Tarde da Diversidade e Universidade Fora do Armário

No dia 29 de junho, o Coletivo Voe promoveu a Tarde da Diversidade, Junto ao Museu Treze de Maio e a Associação dos Servidores da UFSM (Assufsm). O evento seguiu o Dia Internacional do Orgulho Gay (28 de junho), data importante para a comunidade LGBT. A Tarde da Diversidade trouxe apresentações e declamações, assim como um debate com o Conselho Regional de Psicologia sobre o chamado “Projeto de Cura Gay”. O ato também serviu como uma confraternização entre os presentes, que aproveitaram do espaço para conversar sobre questões pertinentes à causa.

Já o “Universidade Fora do Armário” é um projeto da União Nacional dos Estudantes, que junto ao DCE foi trazido à UFSM, em dezembro de 2012. O evento funcionou de maneira similar a uma semana acadêmica: reuniu debates, mesa redonda e uma festa de encerramento. Multicampi, também colocou o tema em pauta nas cidades de Frederico Westphalen e Palmeiras das Missões. Gabriela ressalta que mesmo com importantes debates e palestras, a procura pelo evento foi pouca: "Partindo da ideia do coletivo, se uma pessoa for para casa com uma curiosidade sobre essas questões LGBT, já é uma vitória. Mas apontamos esse fato, pois não há seminários sobre o tema na Universidade. Quando ocorre, há pouca adesão. Alguns já consideram o tema 'batido', mas não procuram se informar, e continuam no senso comum.", ela diz.  O “Universidade Fora do Armário” está previsto para ocorrer novamente em 2013.

Fernanda e Gabriela ressaltam que todos estão convidados a participar das reuniões do Coletivo Voe. No Facebook, é possível acompanhar as discussões por um grupo, onde são postados os textos em debate, e pela página. Quem participa da reunião não se torna necessariamente um membro: pode comparecer apenas para dialogar e se informar. Afinal, pessoas novas trazem ideias novas.

Fotos: Divulgação.

Repórter: Myrella Allgayer – Acadêmica de Jornalismo.

Edição: Lucas Durr Missau.

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