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Últimas contratações de professores e técnico-administrativos encerram a implantação do REUNI na UFSM



Em processo de finalização, o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) preenche as últimas vagas relacionadas a investimentos de recursos de pessoal, ou seja, docentes e técnico-administrativos. Oficialmente, encerrado em 2012, mas com as últimas contratações feitas neste ano, pela UFSM, o Reuni é um programa do governo destinado às universidades federais de todo o país. Amplamente discutido desde 2005, o programa foi instituído, em abril de 2007, com a proposta de expansão das universidades de forma a alcançar um dos objetivos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A finalidade é aproximar os países em desenvolvimento da universalização de acesso ao ensino superior, através da multiplicação dos cursos e do número de vagas ofertadas.

O Ouvidor Geral da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), prof. Jorge Luiz da Cunha, conta que o Brasil, um dos países líderes entre o grupo de países em desenvolvimento, está muito longe da meta proposta pela UNESCO, pelo menos 30% da população entre 18 e 24 anos deveria ter assegurado o acesso à educação universitária. “No ano de 2005, o país alcançava apenas 10% da população brasileira no que diz respeito ao número de vagas ofertadas na educação superior. Com o REUNI, nós conseguimos ampliar um pouco, em termos de país, este percentual. Hoje é cerca de pouco mais de 13%”, afirma o professor. A UFSM tem sido mencionada pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo governo federal como uma das universidades que melhor utilizou essa oportunidade de expansão. Segundo o Ouvidor Geral, a Instituição tinha, em 2005, pouco mais de 13 mil alunos e, hoje, está em torno de 25 mil, com a perspectiva de ampliar o número, até o final de 2014, para 29 mil estudantes.

Baseado nos dados da publicação UFSM Programa de reestruturação e Expansão da Universidade Federal de Santa Maria lançada pela instituição, no início deste ano, como meio de prestação de contas da expansão à comunidade ligada a UFSM. Em relação aos investimentos feitos pelo governo, por meio do Programa REUNI, a universidade que ofertava, em 2008, 2827 vagas distribuídas entre 66 cursos, chega, em 2011, ao número de 4874 vagas com a adição de 35 novos cursos. Os outros campus pertencentes à instituição (Silveira Martins, Frederico Westphalen e Palmeiras das Missões) também tiveram aumento significativo no número de vagas. Entre os anos de 2008 a 2011, foram destinados a UFSM, pelo Programa REUNI, aproximadamente R$ 108 milhões, distribuídos entre investimentos em obras, equipamentos e serviços de custeio, como despesas em energia elétrica, telefone, reformas e serviços de terceiros.

Além da evolução relacionada à estrutura física e ao aumento do número de vagas e cursos, também é preciso se preocupar com questões ligadas à qualidade do ensino publico brasileiro. A universidade tem investido nesse aspecto e isso tem sido comprovado pelo sistema de mensuração e avaliação do Ministério de Educação. Avaliações feitas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) indicam que o Índice Geral de Curso (IGC), indicador de qualidade, da UFSM está crescendo, tanto na graduação, quanto na pós-graduação. O vice-reitor da Universidade, prof. Dalvan José Reinert aponta que a qualidade dos professores e técnico-administrativos que foram contratados impactou significativamente para o aumento deste índice: “A UFSM atraiu gente boa, tanto técnico-administrativos, quanto professores”, afirma Reinert. O aumento da produção científica também foi uma das consequências dos investimentos feitos na instituição. Segundo o vice-reitor, quase três milhões de reais foram destinados à compra de livros, além de outros investimentos que contribuem para o crescimento no campo científico: “Foi investido bastante em termos de meios que propiciaram ter maior produção cientifica, como computadores, bibliografias, assinaturas de periódicos e participação de pessoal em congresso”, o que, futuramente, resulta na produção, complementa o prof. Dalvan.

É necessário assegurar as condições adequadas de infraestrutura, como prédios, salas de aula, laboratórios, iluminação, climatização, conforto do estudante, salas de professores e equipamentos, mas, sobretudo, é preciso pensar na condição de permanência dos estudantes. Grande parte dos alunos necessita de um enorme aporte de estrutura que garanta sua permanência com qualidade dentro da universidade. Isso significa direcionar investimentos, também para Casa do Estudante (CEU), restaurantes universitários, bibliotecas e laboratórios que deem acesso a tecnologia e a computação, garantindo melhores condições a quem não possui recursos próprios para investir em sua formação.

O REUNI como programa acaba, porém a repercussão de sua implantação vai se fazer sentir pelos próximos anos. “Devolver à sociedade profissionais que, para além de sua capacitação técnica e tecnológica também sejam cidadãos capazes de dar sentido ao seu trabalho como uma intervenção social para que nós nos tornemos uma sociedade melhor, mais igualitária e mais justa é uma questão fundamental. É o fundo político da educação superior e que nos deve levar a prestar atenção nas consequências do REUNI agora”, diz o professor Jorge Luiz da Cunha. Segundo Cunha, já existe, inclusive, um grupo de discussão no MEC sobre uma nova fase para a educação superior no Brasil. Trata-se de uma forma mais elaborada de expansão que garanta fundamentalmente a qualidade e, assim como o REUNI, será amplamente debatida.

Fotos: Ítalo Padilha.

Repórter: Franciele Varaschini – Acadêmica de Jornalismo.

Edição: Lucas Durr Missau.

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