O Centro de Ciências Rurais (CCR) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) completa 41 anos da sua criação. Engloba, atualmente, os cursos de Medicina Veterinária, Agronomia, Zootecnia, Engenharia Florestal, Tecnologia em alimentos e o curso à distância de graduação tecnológica em Agricultura Familiar e Sustentabilidade.
A criação do CCR se deu a partir da já existência das faculdades de Medicina Veterinária e Agronomia, criadas em 1961. Dez anos depois, através de uma exigência do Ministério da Educação (MEC), para continuar investindo na Universidade, foi feita uma departamentalização, onde as faculdades já existentes seriam transformadas em cursos e abrigadas em um centro. Neste mesmo ano, foram criados dois novos cursos, Engenharia Florestal e Zootecnia, passa então, a existir, a partir do ano de 1971, o Centro de Ciências Rurais. Só no ano de 2008 foi criado o curso à distância de graduação tecnológica em Agricultura Familiar e Sustentabilidade e, em 2009, foi implantado o curso superior de Tecnologia em Alimentos.
O diretor do CCR, desde 2010, prof. Thomé Lovato, destaca que desde sua criação, o centro além de dar importância às questões ambientais, trocando a ideia de produtividade máxima por produtividade saudável, sempre teve preocupação em manter atividades que façam aproximação com a sociedade em geral e não apenas com a comunidade acadêmica. A chamada Operação Oswaldo Aranha, que iniciou em 1972 e foi até o ano de 1976, é um exemplo que se destaca na história do CCR. Em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) e com financiamento da Food and Agriculture Organization (FAO), para gastos com ônibus e equipamentos, os professores e alunos das Ciências Rurais da UFSM se deslocaram a diversas áreas rurais com o objetivo de orientação no sistema produtivo.
Além de auxiliar na modernização administrativa como a implantação da mecanização, sementes melhoradas e adubação química visando melhorar a produtividade, também realizavam atividades ligadas à educação sanitária. Atuavam na construção de fossas e redes de água potável, na distribuição de vacinas para crianças e tinham preocupação com os alagamentos e esgoto. A operação Oswaldo Aranha não só agia na melhoria das condições de vida dos agricultores, mas também possibilitava que os estudantes das áreas das rurais pudessem colocar em prática todo o aprendizado adquirido em sala de aula.
O CCR é um dos pioneiros na criação dos cursos de pós-graduação da UFSM, outro fato que se destaca em sua história. O Programa de Pós-Graduação em Agronomia é o segundo mais antigo da Universidade e deu origem aos demais, hoje, o Centro abriga oito programas com mestrado e doutorado e dois de especialização. Com o forte apoio à modernização da agricultura brasileira, a área das Rurais foi bastante incentivada para o mestrado e doutorado de professores no exterior, tornando o CCR o primeiro Centro com um grande número de docentes pós-graduados. Em 2005, foi considerado responsável por 60% de toda a produção científica da UFSM.
Atualmente, a secretária executiva, Sandra Elisa Réquia e Souza, destaca a importância da existência dentro do ensino das Ciências Rurais, da Unidade de Apoio Pedagógico (UAP), que teve inicio, em 1974, e opera até hoje. A UAP, apesar de ser uma unidade existente somente no CCR, atende a todos os centros da Universidade. Trata das relações pedagógicas entre professores e alunos, também auxilia na formação dos técnico-administrativos, promove eventos, projetos, cursos e encontros com o objetivo da melhoria de questões didático-pedagógicas.
Agronomia é um dos cursos que está sendo auxiliado pela UAP, pois Santa Maria receberá, do dia 24 a 28 de setembro, três avaliadores internacionais para analisar, tanto no Eixo Administrativo, quanto no Eixo Pedagógico e Científico-tecnológico, as condições deste ser um curso com credibilidade internacional. É o primeiro curso da UFSM a se submeter ao processo de Acreditação do Mercosul. Alguns cursos de outros Centros da Universidade já estão se preparando para tentar, também, esse selo de qualidade.
Repórter:
Franciele Varaschini – Acadêmica de Jornalismo.
Edição:
Lucas Durr Missau.