Gerontologia é a ciência que estuda o processo de envelhecimento humano e que busca atender às necessidades físicas, emocionais e sociais do idoso. O bacharel, além de atuar no apoio familiar, organiza projetos que visam o bem-estar do ancião. Nessa área de estudos, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) é considerada pioneira.
O Núcleo Integrado de Estudos e Apoio à Terceira Idade (NIEATI) foi criado em 1982 pelo professor dr. José Francisco Silva Dias. A partir de 1984, iniciaram-se trabalhos de atividades físicas com turmas da terceira idade no Centro de Educação Física e Desportos (CEFD). O grupo atende pessoas de Santa Maria e região, totalizando aproximadamente dois mil beneficiados e procura melhorar a qualidade de vida dos idosos. Além disso, colabora na formação de profissionais para a atuação específica com o público nas áreas da saúde e da educação.
O principal objetivo do NIEATI é melhorar a autonomia física e intelectual, promover a liberdade, afastar a dependência (de familiares, de cuidados) e prolongar a saúde dos participantes. Liderado pela Professora Carmen Lucia da Silva Marques, o Núcleo conduz projetos de pesquisa e de extensão, tais como: Idoso, natação e saúde; Caminhando e cantando e Danças tradicionalistas.
Há, também, um grupo de pesquisas atuante desde o ano de 2008, com o objetivo de estudar o envelhecimento. Na unidade de Departamento de Métodos e Técnicas Desportivas, existe o Grupo de Estudos e Pesquisa em Gerontologia (GEPEG), cujos estudos são predominantes nas áreas de Ciências da Saúde e de Educação Física. O líder do GEPEG e diretor do CEFD, professor Marco Aurélio de Figueiredo Acosta afirma que “estudar a velhice é essencialmente um trabalho de grupo, onde cada profissão coloca uma parte”. O Ciclo de Cinema – que está na sua quarta edição neste ano, com filmes exibidos na Cooperativa de Estudantes de Santa Maria (CESMA) – e o Acampavida são exemplos de atividades elaboradas pelo GEPEG.
O Acampavida surgiu em 1998, é um projeto de extensão que acontece uma vez por ano. Neste ano, será após a Jornada Acadêmica Integrada (JAI). Diferentes áreas de conhecimento trazem para os idosos algum tipo de informação. É uma forma de oficina. Foi esse evento que gerou a articulação do primeiro Seminário Científico, em 2010, onde o assunto tratado foi envelhecimento. Ainda, Marco Aurélio lançou o livro chamado Acampavida 10 anos 1998-2008: ‘nossos velhos, nosso orgulho’. Questionado sobre o retorno de seu trabalho, declara que é, sem dúvida, gratificante.
Marco Aurélio é também responsável pelo projeto de criação de Mestrado na área de Gerontologia, que teve início em março de 2012. O grupo que sustenta o projeto é interdisciplinar, ou seja, é composto por profissionais de diversas áreas, os quais possuem doutorado. De acordo com Marco Aurélio, a legislação requer doze docentes no mínimo, porém, até o momento, a equipe conta com dez.
Em reunião na quarta-feira (8), professores da sede e do CESNORS discutiram várias questões referentes à proposta de criação do mestrado. A reunião, que durou aproximadamente duas horas, contou com dicas administrativas do pró-reitor adjunto de Pós-Graduação e Pesquisa, professor Carlos Alberto Ceretta.
“Tem cada vez mais velhos, em todos os espaços, precisando de atendimento de várias profissões, de várias carreiras. Então, esse mestrado veio para formar esses profissionais que vão trabalhar nessa realidade, (…) que é o estudo do envelhecimento”, esclarece Marco Aurélio. O trâmite interno deve ocorrer até julho de 2013 – quatro pareceristas analisarão a proposta – e, se aprovada, é encaminhada para a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Se a Capes autenticar, o edital surgirá em março de 2014.
Repórteres:
Nathieli Cervo e Franciele Varaschini – Acadêmicas de Jornalismo.
Edição:
Lucas Durr Missau.