O professor Dilson A. Bisognin, do Departamento de Fitotecnia, está participando do 52º Congresso Brasileiro de Olericultura que trata da “Agroindustrialização de Hortaliças: Geração de Emprego e Renda no Campo”, que acontece até sexta-feira (20), em Salvador (BA). Na tarde desta quinta-feira (19), Bisognin ministra uma palestra abordando o “Desenvolvimento de Cultivares e a Industrialização da Batata”.
Segundo o professor, a ampliação da indústria de processamento de batata no Brasil está limitada pela quantidade e qualidade da matéria-prima, pois as cultivares utilizadas são pouco adaptadas as condições das regiões produtoras de clima subtropical e tropical, pois foram desenvolvidas para condições temperadas. Ele ressalta que a qualidade da batata para processamento depende do desenvolvimento de cultivares mais bem adaptadas as condições de cultivo, o que deve aumentar a disponibilidade de matéria-prima e reduzir os custos de produção. Para Bisognin, outro fator que limita o crescimento da indústria nacional é a concorrência com a importação de batata pré-frita e congelada a preços altamente competitivos, principalmente da Argentina.
Dilson destaca ainda que o mercado brasileiro oferece duas grandes oportunidades para a cadeia produtiva da batata: a crescente demanda por produtos processados e a necessidade de oferta de produtos inovadores. Em sua palestra, o professor afirma que o processamento agrega valor, aumenta a oferta e o consumo de produtos inovadores e pode viabilizar a cadeia produtiva da batata, principalmente para pequenos e médios produtores. Isso se deve ao fato do processamento possibilitar a utilização de praticamente todos os tubérculos produzidos de batata, inclusive daqueles de menor ou sem valor comercial.
Mais informações sobre o Programa de Melhoramento de Batata da UFSM podem ser obtidos em www.ufsm.br/batata.