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A chegada da arte na Universidade



 

Há quase 50 anos a melodia saída do prédio 42 se espalha pelo campus da Universidade Federal de Santa Maria. A história que originou esse fato começou em 1963, no subsolo do atual Banco do Brasil, na Rua Coronel Niederauer, no centro da cidade.  Ali eram ministradas as primeiras aulas do curso de Música. Foi no dia 27 de abril desse mesmo ano que o Reitor Mariano da Rocha e o professor Geraldo Maissiat, entre outros nomes notáveis dentro da instituição compuseram a mesa de autoridades da aula inaugural da recém nascida Faculdade de Belas Artes. O evento aconteceu no Centro Cultural de Santa Maria, onde hoje funciona o Theatro Treze de Maio.  

 

 

A criação da nova Faculdade resultou da sensibilidade e intuição do professor Geraldo Maissiat, que elegeu o primeiro corpo docente da faculdade. Criou também o primeiro Concurso Nacional de Piano Heitor Villa-Lobos e a segunda Escolinha de Artes do Brasil, sob orientação da professora Lia Achutti. Para isso, contou com o incentivo do Reitor Fundador da Universidade. Que, por sua dedicação, ocupa uma imagem muito positiva na memória da professora Lia, “o professor Mariano ia de 15 em 15 dias ver como estavam os laboratórios, ver o que estava acontecendo, o que precisávamos. Era uma pessoa muito presente e ativa. Gostava bastante das artes”.

A primeira turma da Faculdade de Belas Artes era do curso de música e recebeu 25 alunos que entraram na Universidade através de um processo seletivo diferenciado. A prova, além de ter sido aplicada após o vestibular convencional, se dividiu em duas etapas: uma prova teórica e uma prática. Outro diferencial foi que alunos que não haviam concluído o que hoje chamamos de Ensino Médio também puderam participar do processo seletivo e, depois de aprovados, cursar a graduação.

Desta primeira turma, cerca de metade dos alunos se formaram, como recorda o professor Ney Luis Pippi .“Na época quase todos faziam outra faculdade”, afirma Pippi,  que se formou na primeira turma de Música e já era graduado em Medicina Veterinária.

Escolinha de Artes

Já em 1964 havia um setor da Faculdade onde os alunos faziam o estágio para praticarem a licenciatura. Logo esse setor passou a ser chamado de Escolinha de Artes. Onde, anualmente, 12 crianças entre cinco e 12 anos ingressavam e passavam a realizar atividades semanais, sob orientação dos alunos que cursavam a graduação. As crianças realizavam atividades desde pintura e teatro até carpintaria.

Assim como o próprio centro, a Escolinha existiu inicialmente no subsolo do atual Banco do Brasil, e foi transferida em 1971 para o campus da UFSM. Nesse período, a Universidade, forneceu uma Kombi, que levava os alunos até o local. Com a troca de ambiente, os cursos puderam interagir mais, proporcionando uma maior integração de todos os ramos de Artes e Letras, beneficiando oaprendizado dos alunos e dos profissionais.

 

A Escolinha beneficiou as crianças que tinham um espaço de divertimento e aprendizagem no ramo de artes plásticas e literatura e também os graduandos, que através do trabalho voluntário aprendiam a lecionar e a conviver com crianças. Além de tudo, havia uma troca de experiências entre os próprios graduandos, onde eles traziam para as oficinas o que adquiriram fora de sala de aula.

A artista plástica e professora aposentada Lia Achutti, que foi coordenadora da Escolinha e também diretora do Curso de Artes e Letras, lembra com orgulho, aos seus 83 anos das atividades realizadas pelas crianças na Escolinha.

Repórteres:

Patricia Michelotti e Leonardo Cortes – Acadêmicos de Jornalismo.

Edição:

Lucas Durr Missau

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