Dando sequência às atividades iniciadas em 2011, alusivas ao Ano Internacional de Química, alunos das Escolas Municipais de Santa Maria participaram, entre os dias 19 e 23 de março, da atividade pH do Planeta – Experimento Global. A ação consistiu na medição do pH da água do Arroio Cadena e Vacacaí Mirim, localizados perto das escolas. A atividade foi proposta pelo Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE) da UFSM e teve como parceria a Prefeitura Municipal de Santa Maria, através da Secretaria de Município da Educação e Secretaria de Município de Proteção Ambiental.
O evento fez parte de uma ação global proposta pela Unesco e União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) e buscou coletar amostras de água de diversos pontos do Brasil e do mundo. O resultado obtido pelos alunos foi lançado no Banco de Dados Nacional do Experimento e, posteriormente, fará parte do Banco de Dados Global, contribuindo para a medição do pH da água do planeta.
Antes dos experimentos, os alunos puderam acompanhar as explicações do coordenador do programa Ciência Viva (UFSM) e primeiro Secretário da Sociedade Brasileira de Química, professor Hugo Tubal Schmitz Braibante. O professor ressaltou a importância da Química, assim como a responsabilidade da ciência e da abordagem voltada para a educação ambiental.
O pH ou potencial de hidrogénio iónico é um índice que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade de um meio. No experimento, o índice pôde indicar as agressões causadas aos arroios da cidade. “Se ele está muito ácido é um tipo de agressão. Se ele está muito básico, é outro tipo de agressão. O Cadena, por exemplo, tem vários pH, dependendo da comunidade em volta. O que a gente tenta passar para a comunidade é que tem que haver um providência, visando à preservação do manancial, evitando jogar lixo, etc”, afirmou o professor Hugo Braibrante.
Com o foco voltado à preservação ambiental, o professor também explicou que o índice de pH não indica se a água é potável ou não, mas informa sobre a possível agressão que o manancial sofreu. Também não permite identificar o tipo de agressão, para isso precisam ser feitos outros testes.
Ao todo, 500 alunos de escolas diferentes da cidade participaram da atividade. O evento proporcionou, além da experimentação e dos conhecimentos acerca da preservação ambiental, uma maior aproximação entre a UFSM e a comunidade, destacado pelo mestrando do Programa Ciências da Vida e Saúde (UFSM), Leandro da Silva Friedrich, “É importante fazer com que a Universidade ultrapasse o arco, mostrando nosso trabalho e fazendo a divulgação da ciência, ajudando a desmistificar a própria química”.
Os participantes da iniciativa foram a coordenadora Pedagógica (SMEd/SM), Véra Simon; o diretor do Ciência Viva (CCNE / UFSM) e secretário SBQ, Hugo Braibante; o mestrando do Programa Ciências da Vida e Saúde (UFSM), Leandro da Silva Friedrich; e as bolsistas PIBID Química (UFSM), Ana Carolina Miranda e Ângela M. Durand.
Repórter:
Julia do Carmo – Acadêmica de Jornalismo.
Edição:
Lucas Durr Missau.