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Sedufsm homenageia mulheres com Elis Regina



Proporcionar um contato dos santa-marienses com a música de Elis Regina, uma das maiores estrelas da música popular brasileira, e falecida há 30 anos. Mas, além disso, o objetivo da 50ª edição do Cultura na Sedufsm- Santa Maria canta Elis– é também homenagear a passagem do Dia Internacional da Mulher, comemorada na data do show, quinta, 8 de março. Para o produtor da atividade, o músico Janu Uberti, a realização do evento, promovido pela Sedufsm, é algo inédito e casa perfeitamente com a atuação de uma entidade sindical, que busca resgatar o papel das mulheres lutadoras, críticas, que não se submetem a padrões estabelecidos. “Elis representa essa mulher guerreira, politizada e contestadora”, destaca Janu.

O presidente da Sedufsm, professor Rondon de Castro, afirma que a ideia de comemorar a data através de uma atividade cultural em praça pública, tem a intenção de homenagear as mulheres que desafiam e mudam os ambientes machistas e opressores onde se inserem. “‘Nós queremos homenagear todas as companheiras de luta, seja na universidade ou em qualquer outro ambiente de trabalho. Rendamos graça às mulheres que lutam por direitos iguais, assim como àquelas que lutam pelos direitos de todos os trabalhadores. E nada melhor para homenagear as mulheres do que fazê-lo através de Elis Regina, um ícone da cultura brasileira, que através da música derrubou preconceitos”, destaca Rondon. 

Janu Uberti destaca que é a quarta vez que o grupo de mulheres composto por Debora Rosa, Gisele Guimarães e Tiane Tambara, que conta ainda com as participações de Paola Matos e Daiane Diniz, se apresentará para reverenciar Elis Regina. As anteriores aconteceram no ano de 2010. Ele também explica que as participantes realizaram uma pesquisa em relação à obra de Elis, pois a idéia nunca foi fazer um “cover” da cantora gaúcha, mas sim dar concretude ao trabalho dela.  E especificamente no show desta quinta, a partir das 19h, na praça Saldanha Marinho, entrará em cena o lado mais politizado da “pimentinha”.

Play list

Entre as canções que serão apresentadas na praça Saldanha Marinho, na quinta, estão clássicos como “Maria, Maria”, “Casa no Campo”, “O Bêbado e a Equilibrista”, “Romaria” e “Como nossos pais”. Representados nessas músicas, um time de compositores de primeiro nível, que tiveram suas canções gravadas por Elis. Milton Nascimento, Belchior, Chico Buarque, Zé Rodrix, João Bosco e Baden Powell são alguns deles. 

Elis, o furacão

Nascida em 17 de março de 1945, em Porto Alegre, Elis Regina Carvalho Costa marcou a música brasileira. Considerada por muitos críticos como a maior cantora brasileira, Elis era um furacão, intercalando melancolia e alegria no mesmo palco, na mesma noite ou, até, na mesma canção. Além da voz poderosa, as performances em palco chamaram atenção pela visceralidade.

Elis Regina é, assim como muitas outras grandes cantoras brasileiras, fruto da era dos festivais, que na época televisionados, ganhavam os lares do país. Mas foi no rádio, ainda criança, que Elis teve sua escola da música, mais especificamente aos 11 anos, no programa “O Clube do Guri” na Rádio Farroupilha, em Porto Alegre.

No início dos anos 60, para atender a grande demanda de shows, mudou-se para o Rio de Janeiro. Mais tarde, muda-se para São Paulo, aproveitando um grande momento de efervescência cultural na cidade. Lá, logra o sucesso do espetáculo “O Fino da Bossa”.

Indo além do que se referia à carreira musical, Elis também marcou pela maneira como se posicionava, dificilmente avessa ao que acontecia. Aos rótulos e gêneros a cantora não deu importância, cantando aquilo que queria, transitando do Rock ao Samba com naturalidade. Interpretou canções de grandes compositores, alguns deles, inclusive, lançados através da sua voz. Em uma dessas parcerias, gravou “O Bêbado e a Equilibrista”, de João Bosco, e que mais tarde tornar-se-ia o hino da campanha pelos anistiados da ditadura. Foi a primeira pessoa a inscrever a voz como um instrumento na Ordem dos Músicos do Brasil.

Morte polêmica

Elis morreu em 1982, aos 36 anos, em São Paulo. A causa de sua morte é até hoje questionada, principalmente por seus familiares. Segundo o laudo médico, a cantora teve um ataque cardíaco em casa, resultado de uma overdose de cocaína e álcool. O médico que assinou o laudo foi Harry Shibata, conhecido pelo seu envolvimento com os militares e seus órgãos de repressão. Em sua casa não foram encontradas drogas.

Em 2012 completam-se 30 anos desde a morte de Elis Regina, a famosa “Pimentinha”. Elis foi mais uma mulher corajosa em um país machista e, ainda, sob uma ditadura militar. Elis cantou como se sua voz fosse sua arma, e era. Arma essa tão potente, que segue viva até hoje.

Fonte: Assessoria de Imprensa da SEDUFSM, com informações de sites da internet como Uol e Wikipedia

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