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Colégio Politécnico e Olimpíadas de Química: uma combinação que dá certo



Os resultados das Olimpíadas de Química deste ano, tanto nacionais, como regionais, evidenciaram mais uma vez a qualidade de ensino da disciplina no Colégio Politécnico da UFSM. Treze alunos de ensino médio do colégio da instituição participaram dos exames, o que resultou na conquista de 11 medalhas e duas menções honrosas. Na etapa nacional, na qual participaram cerca de 170 mil estudantes, o Colégio ganhou dez menções honrosas, com um total de 11 participantes.

 

 

A Olimpíada Brasileira de Química (OBQ) é promovida pela Associação Brasileira de Química, em parceria com a Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) e 28 universidades federais e estaduais. A iniciativa tem como principais objetivos estimular o interesse para o estudo dessa ciência e descobrir jovens com talento e aptidões para o estudo da Química, estimulando a curiosidade científica e incentivando-os a tornarem-se futuros químicos profissionais.

A etapa regional, a Olimpíada de Química do Rio Grande do Sul (OQRS), é organizada pela Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, instituição de Novo Hamburgo. Desde 2008, o Colégio Politécnico é também uma das sedes do evento. A OQRS seleciona candidatos para a etapa nacional. Cada instituição pode mandar 15 alunos para essa fase, de acordo com seus próprios critérios de seleção. No Colégio Politécnico, as notas garantem o passaporte para o evento.

As provas da etapa regional ocorrem no fim do ano. Os classificados participam da etapa nacional, que só ocorre em agosto do próximo ano, o que acaba se tornando um desafio para os professores “A prova é dividida em M1, M2 e M3. Cada uma correspondendo a uma determinada série do ensino médio, sendo cumulativas no conteúdo. Entretanto, o aluno que no primeiro ano passou na M1, irá realizar na etapa nacional a M2, tendo que saber os conteúdos no segundo ano também. Como a prova acontece em agosto, esse aluno não viu todo o conteúdo” – afirma Rodrigo Rozado Leal, professor de Química do Colégio Politécnico.

Para solucionar essa questão, o professor Rodrigo faz uma preparação com esses alunos, através de aulas extras com os conteúdos específicos da prova, contextualizadas com experimentos. Para o professor, a Olimpíada estimula os alunos a estudar a disciplina e, com isso, muitos acabam se interessando por carreiras na área “Temos alunos que se destacaram nas Olimpíadas e acabaram indo para Química, Engenharia Química, etc.” – destaca Rodrigo.

 

                                                                                                                                                                                                                                                    Não é de hoje que os alunos do Colégio Politécnico se destacam na competição. A instituição começou a participar do evento em 2007 e já, em 2008, um de seus alunos, Norberto Weber Werle, conquistou o primeiro lugar na Olimpíada de Química do Rio Grande do Sul e a medalha de bronze na etapa nacional do evento. Em 2009, o aluno repetiu a conquista estadual e levou para casa a medalha de prata na competição nacional.

Os bons resultados se repetem ao longo dos anos. Basta dar uma breve olhada no ranking estadual do evento nos últimos anos, para notar a predominância do Colégio Politécnico. O professor destaca que além do apoio da instituição, permitindo a realização do bom trabalho, os alunos são o diferencial “nossos alunos têm um diferencial e acabam se destacando para onde vão. Faço as aulas e as provas com um nível elevado e os alunos acompanham. É fácil fazer um trabalho legal se você tem esse retorno”.

Trabalhar com uma disciplina que é considerada por muitos um verdadeiro “bicho papão” nem sempre é fácil. “Trabalhar com Química é um desafio bastante grande, principalmente nas escolas públicas. O professor tem que ser muito criativo, perseverante. Ao contrário daqui (Colégio Politécnico), onde se tem um bom ambiente para trabalhar, existem muitos lugares em que o professor chega motivado, cheio de ideias, mas a situação que encontra não permite que elas sejam postas em prática. Seja por problemas estruturais, alunos desmotivados para trabalhar ou por próprias questões de classe, como o problema salarial” – declara Rodrigo.

 

 

O professor considera a participação em eventos como a Olimpíada uma boa alternativa para o ensino da Química, como forma de estimular e desenvolver as capacidades dos alunos. Entretanto, esse evento no estado, ainda não encontra grande adesão. Mas Rodrigo enxerga que esse panorama pode se modificar em breve, principalmente, graças aos resultados alcançados pelos gaúchos na etapa brasileira este ano. “Pela primeira vez dois alunos do estado ganharam ouro na etapa nacional. Acredito que com isso, as escolas do estado passarão a dar mais valor ao evento”.

Para conhecer os premiados do Colégio Politécnico em 2011, clique aqui.

Repórter:

Julia do Carmo – Acadêmica de Jornalismo.

Edição:

Lucas Durr Missau.

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