Após um enfarte fulminante, o secretario geral do Gabinete do Reitor, João Manoel Espina Rosses (1947 – 2011), falece e deixa um legado de 40 anos de trabalho dedicado à instituição. Natural de São Borja, nasceu no dia 22 de março de 1947, residiu em Santa Maria por mais de 40 anos, onde construiu uma trajetória ímpar e constituiu sua família.
João Manoel ingressou como técnico-administrativo da UFSM, ligado ao Departamento de Administração Central (DAC), no dia 1º de março de 1971, quando também cursava Economia à noite. Logo depois, em 1974, passa a trabalhar como docente do curso de Economia. Nessa época, notabilizou-se pelo trabalho de implementação das agências bancárias no campus da UFSM, junto do professor do curso de Economia e responsável pelo setor de projetos da UFSM, Antonio Carlos Fraquelli.
Ao longo de sua trajetória, assumiu diversos cargos administrativos importantes para o desenvolvimento da UFSM. Entre as funções que desempenhou, estão as de prefeito da Cidade Universitária, de chefe de departamento, de diretor de centro, de chefe de Gabinete do Reitor e de secretário geral do Gabinete do Reitor.
Entre dezembro de 2003 e dezembro de 2005, Rossés foi diretor do Centro de Ciências Sociais e Humanas, tendo como companheiro de gestão o atual diretor do Centro, Rogério Ferrer Koff. "Ele foi uma pessoa extremamente dedicada à Universidade Federal de Santa Maria e é uma perda irreparável para a Instituição", lamenta o diretor do CCSH.
Também esteve ao lado do ex-reitor Clovis Silva Lima, na gestão entre 2005 e 2009, quando foi chefe de Gabinete do Reitor.
Desde o início do mandato do reitor Felipe Martins Müller, João Manoel ocupou o posto de secretario geral do gabinete. Segundo o vice-reitor, Dalvan Reinert, João Manoel foi um exemplo de responsabilidade e compromisso, além de ser uma fonte de conhecimento e experiência. "Tivemos 32 anos de convivência. João Manoel foi meu professor e agora éramos amigos e parceiros de administração. Ele era uma pessoa que estava sempre junto para ajudar e resolver", destacou.
O reitor Felipe Müller diz que Rossés era a própria história da Universidade. A citação deve-se ao fato do secretario de Gabinete ter sido office-boy do reitor-fundador da Universidade, Mariano da Rocha. Para Felipe, João Manoel era um grande parceiro: "Era meu braço direito, esquerdo, cabeça…".
Entre os colegas que vivenciaram a rotina de trabalho, sobram depoimentos carinhosos a respeito da maneira extrovertida de se relacionar.
Além do legado de comprometimento com a UFSM, João Manoel constituiu sua família, a qual tem como pilares os dois filhos Marcelo e Gustavo, frutos do casamento com sua falecida esposa Elaine Fontinelli Rossés, e a segunda esposa Maria Regina Daniel Rosso. Também tinha uma neta, Manoela, filha de Marcelo.