“Não será a última edição se a categoria quiser que ela permaneça”. Essas foram algumas das palavras que o presidente da Sedufsm, Rondon de Castro, fez uso para destacar a importância do lançamento da 2ª edição da revista D Palavra, que aconteceu na última sexta-feira (16). Relembrando as lutas que o sindicato travou ao longo do ano, ele afirmou, ainda, que a revista é uma conquista e 2012 aproxima-se trazendo muito mais esperança e motivos para lutar.
Outras duas falas foram realizadas na cerimônia: do professor do departamento de História da UFSM e membro do Conselho Editorial da revista, Vitor Biasoli e de Pedro Brum Santos, que representou os articulistas da D Palavra.
Biasoli ressaltou em sua fala as dificuldades encontradas no processo produtivo da revista que, no entanto, não impedem e até reforçam o sentimento de orgulho proveniente dela. Já Pedro Brum ressalta a relevância de uma publicação em papel, visto que torna os escritos duradouros. Ainda afirma que uma das preocupações da publicação é que se levantem temas que não são explorados nos demais veículos midiáticos, consolidando, assim, a revista como mais um canal de diálogo do sindicato para com a sociedade em geral.
Foram impressos 1.600 exemplares, cada um contendo 24 páginas, as quais incluem artigos de diversos professores, um ensaio fotográfico e uma grande reportagem. A revista mostrou-se atrativa não somente pela estética colorida e criativa, mas também pelo tema ao redor do qual girou a principal reportagem contida na mesma.
Lúdico
Uma das pessoas a salientar a parte gráfica da revista foi a professora do Programa de Pós-graduação em Artes da UFSM, Raquel Fonseca, que participa da revista por meio de um ensaio fotográfico: “A revista é algo lúdico, que pode despertar o interesse das pessoas. Terá um feedback, sem dúvida. Gostei da diagramação, a revista está muito bem feita e apresentada”.
A expansão das universidades públicas federais já fomenta discussões no sindicato há algum tempo e, agora, norteia o eixo temático da D Palavra de 2011, estando presente em nove de suas páginas. Conforme destacou o ex-reitor da UFSM, Paulo Sarkis, esse é um dos assuntos que se faz mais presente nas discussões da comunidade acadêmica: “Será uma edição que vai marcar época na Universidade e vai ajudar-nos a entender os pontos relativos à reforma universitária”, completa.
Em uma época marcada pelas publicações digitais e a facilidade de produção e divulgação de materiais na Internet, a Sedufsm recupera um canal de diálogo que, para alguns, tornara-se obsoleto. Carregada de textos bem articulados e ilustrações expressivas, o sindicato explicita, com maestria, a importância e a beleza que uma revista deve ter.
A opinião sobre a pertinência da temática principal era partilhada pelos presentes ao lançamento. O prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer, e seu vice, José Farret, estiveram representados no evento através do Secretário de Gestão e Modernização Administrativa, Antônio Carlos Lemos, e de Luiz Gonzaga Trindade, respectivamente. Além deles, fizeram-se presentes Paulo Afonso Burman, diretor do Centro de Ciências da Saúde da UFSM; Martha Najar, representando o Sindicato dos Professores Municipais (Sinprosm); representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e demais pessoas envolvidas ou contempladas pelo lançamento da revista.
Reflexão
O conteúdo da revista não é apenas direcionado ao movimento sindical. A pauta fornece subsídios para a reflexão teórica e ação prática das pessoas a que abrange, consolidando mais um vínculo, não apenas com a comunidade acadêmica, mas com a sociedade santa-mariense.
É esse caráter abrangente da publicação que o tesoureiro da Sedufsm e articulista da revista, Sérgio Prieb, destaca: “A Sedufsm é dos sindicalizados, mas propõe atividades que a aproximam da população. É preciso dar continuidade à revista e a outras maneiras de expressão, tais como palestras, seminários, o Cultura na Sedufsm. Nosso sindicato tem a característica de se preocupar com a questão cultural”.
A segunda edição da revista D Palavra encerrou uma série de atividades realizadas pela seção sindical ao longo do ano. Além disso, propiciou material para futuros debates e estudos acerca de uma das realidades que mais tem se mostrado presente no contexto do ensino superior público brasileiro. Que os próximos anos possibilitem à SEDUFSM dar continuidade à revista, contribuindo para o enriquecimento do debate sobre o modelo de educação que hoje nos é imposto e somando-se à luta por uma universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Sedufsm
